Black Pantera manda recado para o Lollapalooza Brasil no palco: “Fogo nos escravagistas”

Flávio Benelli

Formado em Direito pela Puc-Campinas, pós-graduado em Jornalismo. Criador e administrador do perfil @lets.gorock no Instagram. Sempre fui apaixonado pelo Rock. Escrever sobre música é minha forma de compartilhar a energia e a emoção que o rock me proporciona, enquanto mergulho nas histórias fascinantes por trás das músicas e dos artistas que moldaram esse universo. Junte-se a mim nessa jornada onde cada riff é uma história e cada batida é uma experiência inesquecível.

| Foto:Divulgação |

Black Pantera abriu o domingo de shows no palco Adidas do Lollapalooza com homenagens e a Racionais MCs, Elza Soares e um cover de Blink-182 para os órfãos da banda que não pode comparecer ao festival.

Sempre com poderosas críticas sociais em suas letras a banda mandou um recado para os organizadores do festival do Lollapalooza, que nessa semana receberam denúncias de trabalho análogo ao escravo.

E durante a música “Fogo nos racistas” a banda deixou claro sua posição perante a denúncia “Não tem lugar hoje em dia para escravagista”.

O trio mineiro convocou o público para cantar bem alto e “queimar qualquer racista filho da p**a do lugar, trocando a letra da canção para” Fogo nos racistas! Fogo nos fascistas! Fogo nos machistas! Fogo nos escravagistas!”, acompanhado fortemente pela público presente.

Denúncias

Durante essa semana o Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou cinco homens em condições análogas à escravidão que estavam trabalhando para a empresa terceirizada Yellow Stripe, contratada pelo Lollapalooza para organizar o festival.

De acordo com a revista fórum, os trabalhadores deram depoimentos relatando que eles atuavam como carregadores de caixas de bebidas e eram obrigados a enfrentar jornadas de 12 horas diárias em situação degradante.

“Depois de levar engradados e caixas pra lá e pra cá, a gente ainda era obrigado pela chefia a ficar na tenda de depósito, dormindo em cima de papelão e dos paletes, para vigiar a carga”, disse um dos resgatados ao site.

Ainda de acordo com a revista Fórum, 800 funcionários que atuam nos bares do festival estão com os seus direitos trabalhistas “gravemente violados”. Em nova fiscalizado feita na última sexta feira os auditores encontraram uma série de infrações cometidas pela empresa terceirizada Team Eventos, que substituiu a Yellow Stripe.

O Ministério Público do Trabalho de São Paulo informou em nota que abriu procedimento para investigar o caso.

Autor

  • Formado em Direito pela Puc-Campinas, pós-graduado em Jornalismo. Criador e administrador do perfil @lets.gorock no Instagram. Sempre fui apaixonado pelo Rock. Escrever sobre música é minha forma de compartilhar a energia e a emoção que o rock me proporciona, enquanto mergulho nas histórias fascinantes por trás das músicas e dos artistas que moldaram esse universo. Junte-se a mim nessa jornada onde cada riff é uma história e cada batida é uma experiência inesquecível.

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