Mary Weffort
Arquiteta e Designer de Interiores, campineira. Apaixonada por rock desde que se conhece por gente. Quando criança dançava Rolling Stones e adorava o Nevermind-Nirvana. Comecei minha paixão por metal sinfônico adolescente e continuo até hoje.
No ano passado tive o prazer de estar pela primeira vez no Rock In Rio no incrível Dia do Metal.
Muitas bandas que iam tocar eu conhecia e amava e outras muitas foram surpresa. Em uma das voltas pelo festival escutei uma banda de longe que chamou muito minha atenção pelos vocais e sonoridade e fui conhecer de perto.00
E bem ali no espaço Favela do RIR estava a maravilhosa Revengin.
O Espaço Favela foi criado no RIR para dar oportunidade aos artistas que tem origem em comunidades.
O Revengin é uma banda de Metal Sinfônico formada no Rio de Janeiro e seus integrantes vieram de Parada de Lucas e Cordovil.
“Essa questão do Rock in Rio é uma coisa muito interessante, muito nova. Uma coisa que eu acho que teria de ser o governo brasileiro que tinha que fazer, que é procurar saber o que está rolando de interessante nas nossas comunidades brasileiras”, afirma o guitarrista Themys.
Nos da Lets tivemos a oportunidade de entrevistar a vocalista Bruna Rocha. Confira abaixo:
Falem um pouquinho sobre a banda: Como se formou? Qual formação atual?
A banda se formou no final de 2007, onde eu (Bruna) e Thiago fazíamos parte de uma outra banda que acabou, mas nós não queríamos parar. Então, continuamos e chamamos o Hugo. Hoje a banda é composta por mim no vocal, Thiago Contrera na guitarra, Themys Barros na outra guitarra, Emerson Mordien no baixo e Hugo Bhering na bateria.
Como surgiu o nome da banda: Revengin?
O nome surgiu com o tempo… Rs… Não foi no primeiro momento, mas quando percebemos que o que estávamos fazendo era resistir a uma onda de pessoas que achavam que a música e a banda não chegariam em lugar nenhum. Aí foi automático e natural … Rs.
Quais são suas principais referencias? Como banda e individualmente?
Nossas referências são bem diversificadas, cada um da banda vem de uma escola diferente. Eu venho do sinfonico, classico, gótico. Minhas referencias sao nightsiwsh, tristania, rain fell within. A dos meninos, por exemplo o thiago é bem heavy metal, speed. O Hugo ja vem do extremo. Themys traz o thrash. O Emerson do do.. uma salada. Rs… A questão é que nunca tivemos pretensão de parecer com nada. Sempre compomos com verdade, sabe?! Nossas músicas são feitas a partir do que sentimos. Sem ter pretensão. E elas saem do jeito que saem… Rs
Eu conheci vocês ano passado no Espaço Favela no RIR, como foi participar?
Olha, foi uma surpresa absurda, até pq não estávamos esperando nada parecido. O convite veio enquanto eu estava dando aula, inclusive. Rs. E não existem palavras para descrever, é um sonho que se tornou realidade. Tocar num maiores eventos do mundo, no dia do metal, na nossa cidade foi incrível.
Vocês ja se apresentaram em outros países, quais deles foram? Quais gostaram mais?
Nos apresentamos na Alemanha, Holanda, Hungria, Eslováquia e Polônia.Cara, todos lugares que tocamos foram fodas, porém a Holanda tenha sido o mais impactante pq foi num evento que fomos chamados, num palco grande com grandes nomes do metal como o Mayan. Nesse mesmo evento, em outra edição, tocou o Lacuna Coil, por exemplo.
No próximo dia 11 de.março vocês vão participar do Into the Dark Symphony Fest! Quais são as expectativas?
As expectativas são as mais altas possíveis. Serão bandas nacionais, bandas de expressão. E eu acho importante mostrarmos que existem bandas de qualidade de outras vertentes. Afinal, o Brasil é extremamente diversificado, e nós temos essa diversidade em estilos de bandas tb. Acho que vai ser maravilhoso.
Podemos esperar vocês em mais festivais?
O Into the Dark Symphony Fest é só o primeiro. Esse ano traremos muitas novidades que vamos soltando aos poucos. 😉
Quais os projetos futuros?
Esse ano vamos lançar material novo. Na verdade, já era para ter sido lançado, mas com a pandemia, e outras coisas pós, acabamos tendo que nos reorganizar quanto aos lançamentos. Mas esse ano sai material novo. Dvd… Tem várias novidades vindo.
Bruna, você como frontwoman da banda, como vê o cenário do metal para nós mulheres? O que podemos esperar do futuro?
Acho que temos um potencial absurdo. Em todas as vertentes. Mas a mudança começa com nossa postura. Começa com a postura das bandas e seus integrantes. Não é justificável, que com quantidade de bandas que temos e fãs de bandas, não tenhamos de fato um movimento, uma “cena”. Acredito que quando nos unimos, a coisa cresce. Não dá de dividir. Quando dividimos, conseguimos pouco quando podíamos ser grandes. Ter eventos tipo um Wacken ao invés de ficarmos rodando em círculos pq preferimos polarizar, dividir. Quando começarmos a pensar e agir, como o “sertanejo”, por exemplo, as coisas vão mudar absurdamente. Acredito que temos um potencial enorme, basta querermos e mudarmos nosso pensamento. Aí é uma reação em cadeia.
Confira abaixo o novo clipe direto do RIR: