
Mary Weffort
Arquiteta e Designer de Interiores, campineira. Apaixonada por rock desde que se conhece por gente. Quando criança dançava Rolling Stones e adorava o Nevermind-Nirvana. Comecei minha paixão por metal sinfônico adolescente e continuo até hoje.
Com certeza um dos momentos mais emocionantes do festival foi a volta triunfal do Savatage aos palcos. Depois de 10 anos longe das turnês, a banda entregou uma apresentação intensa e emotiva.
A banda trouxe um setlist que percorreu diferentes fases de sua carreira, com algumas surpresas emocionantes. “The Ocean”: A abertura foi marcada por essa faixa instrumental de The Wake of Magellan (1997), executada ao vivo, sem playback, reforçando a influência do Trans-Siberian Orchestra. “City Beneath the Surface”: Um trecho dessa música clássica do EP The Dungeons Are Calling (1984) foi tocado pela primeira vez desde 1998, antes de a banda seguir para a teatral “Welcome”.
“Jesus Saves” – Zak Stevens energiza a plateia em um dos momentos mais intensos do show. “The Wake of Magellan” – Grandioso e teatral, retornando ao setlist após mais de duas décadas. “Dead Winter Dead” – Melodia dramática que destaca a fase mais emotiva da banda. “Handful of Rain” – Atmosfera melancólica, uma raridade resgatada desde 2002. “Chance” – Estrutura progressiva e vocais impressionantes, um dos destaques da noite. “Gutter Ballet” – Clássico absoluto, combinando piano marcante e explosão de guitarras.
A música mais esperada do set: “Edge of Thorns”. Durante o solo, uma fã invadiu o palco, enquanto Zak Stevens brincava com bolas de futebol, adicionando um toque inesperado e divertido à apresentação.
“Believe”: Um dos momentos mais emocionantes da noite—Jon Oliva apareceu no telão, tocando piano e cantando, com a banda entrando após o refrão. O solo foi um tributo tocante a Criss Oliva, arrepiando todos os presentes. Impossibilitado de estar presente por questões de saúde, Jon não subiu ao palco — mas sua presença foi sentida em cada acorde. Essa foi mais que uma apresentação: foi um tributo.
“Sirens”: Outra pérola rara, tocada pela primeira vez desde 2003, trazendo o peso e a agressividade dos primeiros anos da banda. “Hall of the Mountain King”: O encerramento perfeito para um show eletrizante, com seus riffs icônicos e energia frenética.
Ao final muitos fãs estavam visivelmente comovidos ao testemunhar esse retorno histórico. A resposta do público foi uma prova do legado duradouro da banda na história do metal.
Setlist:
The Ocean
Welcome
Jesus Saves
The Wake of Magellan
Dead Winter Dead
Handful of Rain
Chance
Gutter Ballet
Edge of Thorns
Believe
Sirens
Hall of the Mountain King