Flávio Benelli
Formado em Direito pela Puc-Campinas, pós-graduado em Jornalismo. Criador e administrador do perfil @lets.gorock no Instagram. Sempre fui apaixonado pelo Rock. Escrever sobre música é minha forma de compartilhar a energia e a emoção que o rock me proporciona, enquanto mergulho nas histórias fascinantes por trás das músicas e dos artistas que moldaram esse universo. Junte-se a mim nessa jornada onde cada riff é uma história e cada batida é uma experiência inesquecível.
No sábado, 19 de abril de 2025, o Allianz Parque em São Paulo testemunhou um momento histórico: o Judas Priest, uma das bandas mais icônicas do heavy metal, levou o público do Monsters of Rock à loucura, com uma performance que confirmou o título de “Metal Gods” para o ícone Rob Halford.
Mesmo sob chuva, que ainda não estava muito forte, Rob Halford, aos 73 anos, provou por que é uma lenda viva, levando o público a um êxtase coletivo com sua voz potente e presença de palco magnética .
O Show, ou a aula de Heavy Metal
A abertura com “Panic Attack” já deixou claro que o Priest não veio para brincadeiras. Os riffs afiados cortaram o ar, enquanto Halford, com sua voz imortal, provou que o tempo não o afeta.
“You’ve Got Another Thing Comin’” e “Rapid Fire” mantiveram o ímpeto, com a plateia cantando em uníssono. Halford, como um maestro do caos, conduzia a multidão com gestos precisos, sorrisos confidentes e aquela presença que só ele tem. “Breaking the Law” foi o primeiro grande hino da noite, com milhares de vozes gritando “Breaking the law, breaking the law!” — Foi épico!
Na sequência “Riding on the Wind” e a pérolas “Love Bites”, com sua atmosfera sombria. “Devil’s Child”, que fez o público reviver os anos 80 com seu groove maligno. “Crown of Horns” e “Sinner” mantiveram o publico aquecido. “Turbo Lover” ganha peso extra ao vivo com os solos afiados de Richie Faulkner e Andy Sneap. Logo após “Invincible Shield” uma das novas do Judão que já cabe em qualquer playlist.
Mas foi em “Victim of Changes” que um dos momentos mais emocionantes aconteceu. Enquanto a música ecoava, o telão do Allianz Parque iluminou-se com a imagem de Glenn Tipton, o lendário guitarrista afastado dos palcos devido ao Parkinson, mas que segue como alma e força criativa do Priest. A homenagem arrancou aplausos e gritos de respeito, uma prova de que, mesmo ausente fisicamente, Tipton permanece indispensável no coração da banda e dos fãs.
A chuva, que agora era apenas um detalhe, não impediu “Painkiller” de ser o ápice da noite. Quando Scott Travis perguntou à plateia o que queriam ouvir, a resposta foi um rugido unânime. E o Priest entregou: bateria devastadora, riffs assassinos e Halford atingindo notas que desafiam a lógica. Foi puro êxtase coletivo!
O encore começou com “The Hellion”, seguido por “Electric Eye” — onde Halford, transformou-se no vigilante implacável do metal. “Hell Bent for Leather” trouxe a motocicleta ao palco naquele momento clássico, com Halford agitando sua jaqueta como um estandarte de guerra.
E, como não poderia ser diferente, “Living After Midnight” encerrou a noite com o público cantando até o último segundo, a chuva já irrelevante diante daquela entidade do metal presente ali no palco.
O Judas Priest não só enfrentou a chuva, como a dominou. Entre os clássicos eternos, as homenagens emocionadas a Glenn Tipton, e a energia inabalável de Halford — que, sob qualquer clima, reina como o verdadeiro Deus do Metal. Ao fim, a banda prometeu, com uma mensagem no telão, que eles vão voltar. 🤘 🔥
Setlist Completo
1. Panic Attack
2. You’ve Got Another Thing Comin’
3. Rapid Fire
4. Breaking the Law
5. Riding on the Wind
6. Love Bites
7. Devil’s Child
8. Crown of Horns
9. Sinner
10. Turbo Lover
11. Invincible Shield
12. Victim of Changes
13. The Green Manalishi (Fleetwood Mac cover)
14. Painkiller
Encore:
15. The Hellion/Electric Eye
16. Hell Bent for Leather
17. Living After Midnight
Fotos Monsters of Rock
