Flávio Benelli
Formado em Direito pela Puc-Campinas, pós-graduado em Jornalismo. Criador e administrador do perfil @lets.gorock no Instagram. Sempre fui apaixonado pelo Rock. Escrever sobre música é minha forma de compartilhar a energia e a emoção que o rock me proporciona, enquanto mergulho nas histórias fascinantes por trás das músicas e dos artistas que moldaram esse universo. Junte-se a mim nessa jornada onde cada riff é uma história e cada batida é uma experiência inesquecível.
No último dia 15 de novembro, São Paulo foi palco de uma verdadeira celebração ao heavy metal no Tokio Marine Hall, com o lendário Saxon liderando uma noite que ficará marcada na memória de todos os presentes. A jornada musical teve início às 19h20 com a banda de abertura, Madzilla, um grupo formado em Las Vegas, nos Estados Unidos, composto por músicos de ascendência latina. O vocalista, David Cabezas, surpreendeu ao se comunicar fluentemente em português com os fãs presentes, aquecendo o público para a atração principal da noite.
A Apresentação do Madzilla incluiu as seguintes músicas em seu setlist:
- The Beginning of the End (Intro)
- A Deadly Threat
- Asphyxiating Cries
- Vengeance
- Warfare Within
- Your Nemesis
- Darkest Night
- Destiny’s Eyes
Saxon
Apesar do ligeiro atraso, às 20h45, o Saxon subiu ao palco e mostrou por que são ícones do New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM). Biff Byford (voz), Nigel Glockler (bateria), Doug Scarratt e Brian Tatler nas guitarras, além de Nibbs Carter no baixo (ocupando a vaga em turnês de Paul Quinn), demonstraram vigor e maestria, mesmo com o avançar da idade.
A abertura com “Carpe Diem (Seize the Day)” foi uma escolha impactante, capturando a essência do momento e incendiando imediatamente o público. A energia contagiante continuou com “Motorcycle Man”, uma explosão de riffs enérgicos e poder vocal que demonstrou a capacidade inigualável da banda de incendiar a plateia desde os primeiros acordes.
A transição para “Age of Steam” revelou uma faceta mais reflexiva do Saxon, com nuances melódicas e uma dinâmica mais sutil, destacando a versatilidade do grupo em explorar diferentes emoções dentro de seu repertório. No entanto, a explosão sonora retornou com “Power and the Glory”, um hino do heavy metal que ecoou pela sala, impulsionado por riffs intensos e uma entrega vocal impecável.
A surpresa veio com “Dambusters”, mostrando a habilidade da banda em criar atmosferas únicas em suas apresentações. Essa escolha menos convencional foi uma prova do vasto repertório e da capacidade do Saxon de surpreender seu público. “Dallas 1 PM” foi um momento poderoso, mergulhando na narrativa intensa da música e demonstrando a maestria lírica e instrumental da banda.
“Heavy Metal Thunder” e “Sacrifice” mantiveram a energia no auge, com os clássicos do Saxon fazendo justiça ao legado do NWOBHM. A participação especial de Fábio Lione, vocalista do Angra, durante a cover de “Ride Like the Wind” de Christopher Cross, foi um ponto alto, adicionando uma camada extra de emoção e entusiasmo ao espetáculo.
“Dogs of War” e “Solid Ball of Rock” mantiveram o ímpeto, mostrando a força inabalável do Saxon no palco. A atmosfera festiva de “And the Bands Played On” e “Never Surrender” foi contagiante, envolvendo todos os presentes em um verdadeiro hino de união e devoção ao metal.
O bis iniciou-se com “The Pilgrimage”, uma escolha mais introspectiva que mostrou a profundidade das composições da banda. “747 (Strangers in the Night)” contou com a presença de uma fã ilustre, nada mas nada menos que Tim “Ripper” Owens, ex-Judas Priest, estava ali presente ao lado do palco, elevando ainda mais a energia do público.
O segundo bis trouxe clássicos incontestáveis: “Denim and Leather” e “Princess of the Night”, e ainda sobrou tempo para um bis extra , Strong Arm of the Law, apareceu no setlist de São Paulo para encerrar a noite com um turbilhão de emoções e nostalgia.
A diversidade de sons, letras e emoções transmitidas ao longo do setlist do Saxon mostrou não apenas a maestria técnica da banda, mas também sua capacidade de cativar e emocionar o público ao explorar diferentes facetas do heavy metal.
A apresentação do Saxon foi mais do que um simples concerto. Foi uma verdadeira aula de heavy metal, uma noite que reverberará por muito tempo na memória de todos os presentes. Com energia contagiante, maestria musical e um setlist impecável, a banda não apenas cumpriu as expectativas, mas elevou o patamar de um show de metal para algo genuinamente espetacular.
Ao final ainda tivemos uma surpresa de um pocket show de covers de clássicos do heavy metal no hall de entrada do Tokio Marine Hall, com certeza um presente adicional aos fãs ali presentes.
Confira o Setlist do Saxon:
- Carpe Diem (Seize the Day)
- Motorcycle Man
- Age of Steam
- Power and the Glory
- Dambusters
- Dallas 1 PM
- Heavy Metal Thunder
- Sacrifice
- Crusader
- Ride Like the Wind (cover de Christopher Cross, com Fabio Lione)
- Dogs of War / Solid Ball of Rock
- And the Bands Played On
- Never Surrender
- Wheels of Steel
Bis 1:
- The Pilgrimage
- 747 (Strangers in the Night)
Bis 2:
- Denim and Leather
- Princess of the Night
- Strong Arm of the Law