Mary Weffort
Arquiteta e Designer de Interiores, campineira. Apaixonada por rock desde que se conhece por gente. Quando criança dançava Rolling Stones e adorava o Nevermind-Nirvana. Comecei minha paixão por metal sinfônico adolescente e continuo até hoje.
Lumnia é uma banda de metal do Rio de Janeiro (Brasil), formada por Odete Salgado (vocais), Marcel Gil (guitarra), Hugo Neves (guitarra), Pedro Mello (baixo) e Matheus Moura (bateria), em 2020.
Mesclando elementos do metal moderno ao sinfônico e doom, a banda busca criar atmosferas sombrias com instrumental pesado e vocais líricos.
Em 2021, a banda entrou em estúdio para gravar o seu álbum de estreia: Humanity Despair. O álbum conceitual apresenta, em 12 faixas, a jornada da humanidade pelas suas sombras até a transcendência.
As letras versam sobre temáticas como perdas, desespero, ódio, depressão, e aceitação das sombras como possibilidade de superação da dor.
As gravações de Humanity Despair aconteceram no estúdio Valhalla Dungeon Studios, em Petrópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro.
O álbum foi mixado e masterizado por Guilherme de Siervi, que também é responsável pelas orquestrações.
Confira a entrevista exclusiva que a vocalista Odete Salgado concedeu ao nosso site.
Odete, me fala um pouquinho sobre a banda: Como se formou? Qual formação atual?
A Lumnia se formou no final de 2020. Eu e o Pedro já tocávamos juntos. O Pedro e o Matheus também já tocavam. Então, chamamos o Hugo para montar esse novo projeto. Desde o primeiro ensaio, já estávamos trabalhando nas primeiras composições. O projeto é formado por mim, Odete Salgado, nos vocais, Pedro Mello no baixo, Matheus Moura na bateria, Hugo Carvalho e Marcel Gil nas guitarras. Em 2022, chamamos o Marcel para a segunda guitarra para trazer uma sonoridade mais pesada para a banda.
Qual origem do nome da banda? Como criaram?
O nome foi uma sugestão do Matheus! Na época, estávamos buscando um nome que combinasse com a nossa essência. Lumnia traz a ideia de iluminar e, no nosso caso, buscamos iluminar as sombras. Em seguida, construímos a ideia do logo e do nosso símbolo – um heptagrama. Depois de o projeto gráfico, realizado pelo artista Rafael Efez, ficar pronto, nós ficamos ainda mais confiantes de que o conceito do nome expressava o som que queremos construir.
Vocês misturam algumas vertentes do metal, como metal moderno, sinfônico, doom… Quais suas maiores referências? Como banda e como cantora?
Nós temos diferentes influências. Por exemplo, o Pedro escuta bastante metal moderno, o Matheus curte groove metal. Já nas guitarras, o Hugo traz bastante ideias do doom e o Marcel do trash. Eu venho do canto lírico que foi, desde sempre, associado ao metal sinfônico. Então, o nosso som traz referências de todos esses estilos. Isso é interessante porque conseguimos ter uma identidade sonora. Hoje a banda troca muito e todos conhecemos as referências um do outro, o que facilita bastante na hora de compor. Como referência para a banda, a gente tem muito clara a ideia de fazer um metal sinfônico cada vez mais moderno, pesado e groovado.Como cantora, minhas referências são bem variadas! Hoje estou ouvindo bastante metal moderno e já nesse álbum da Lumnia as pessoas vão ouvir muitos vocais cleans, drives… não esperem apenas vocais líricos.
“Queen of Night” foi o primeiro single do novo álbum de vocês. Por que lançar como primeiro single? Conta um pouco sobre a criação dele e o que ele significa no álbum?
Eu penso que Queen of Night é a nossa música mais sinfônica, ela tem um refrão bem marcante e um riff bem pesado. A sua letra trata sobre um aspecto místico, a própria deusa – a rainha da noite. Além disso, Queen of Night foi a primeira música que compomos! Consigo lembrar do primeiro dia que nos encontramos pessoalmente para trabalhar nela. Então, essa foi uma escolha feita com conjunto com o nosso produtor, o Guilherme de Siervi, que é responsável por toda a produção do álbum. Queen of Night abre as portas para a nossa entrada no cenário, então queríamos que fosse uma música forte e que fosse importante para a nossa história.
Sobre o novo álbum: HUMANITY DESPAIR conta um pouco sobre como será o lançamento. Farão uma tour?
O lançamento do álbum será no dia 3/3/23 em todas as plataformas de streaming! Teremos material físico em breve também. Pretendemos fazer uma tour ainda esse ano, com certeza.
HUMANITY DESPAIR – desespero da humanidade. Qual significado do nome do álbum?
O Humanity Despair fala justamente sobre a jornada da humanidade em meio ao desespero que é a sua existência. É um álbum conceitual que, em 12 faixas, faz um passeio pelo âmago das dores humanas. Falamos sobre a dor do luto, sobre a raiva, sobre a loucura, depressão e a impossibilidade de salvar o outro. O mundo e a vida que vivemos é uma armadilha para a humanidade. Construímos um castelo de morte, guerra, fome; forjamos a vida no desespero do outro. Nesse álbum, o ser humano se olha no espelho e se percebe como o próprio problema. No ponto mais alto de seu desespero, o nosso eu lírico olha para o céu e clama por ajuda. Assim, chega a nossa rainha da noite, trazendo a mensagem de que é preciso abraçar as sombras para viver além e apesar da dor para encontrar transcendência.
No próximo dia 11 de março, vocês vão participar do festival “INTO THE DARK SYMPHONY FEST”, quais são suas expectativas?
No Into The Dark Symphony Fest, será o lançamento do álbum Humanity Despair e o nosso primeiro show! Todos já tocamos em outras bandas, mas a expectativa de estreia da Lumnia tem um gosto especial! Estou muito animada em, finalmente, mostrar para todos as músicas ao vivo! Além disso, estaremos ao lado de outras grandes bandas do gênero, a Revengin, a Bright Storm e a Lyria. Não poderia estar mais feliz em dividir o palco com excelentes cantoras!
Podemos esperar vocês em mais festivais?
Com certeza! Em breve, divulgaremos as próximas datas!
Quais planos/projetos futuros?
Esse ano vamos trabalhar intensamente na divulgação do Humanity Despair. Já lançamos um videoclipe e posso adiantar que temos outro vídeo no forno! Além disso, já estamos em processo de composição de um segundo álbum. O nosso processo tem sido muito natural e fruto de um amadurecimento da banda.
Odete, você como frontwoman da banda, como vê o cenário do metal nacional hoje para nós mulheres? E o que espera do futuro?
Eu acredito que o cenário é muito promissor para as mulheres. Durante a pandemia, com os festivais online, conheci muitas bandas incríveis com musicistas – e não apenas no vocal, em todos os instrumentos. O número de mulheres no metal tem crescido bastante e isso é maravilhoso! Em um futuro muito breve espero cada vez mais firmar parcerias com outras bandas para que possamos nos apoiar mutuamente. Quanto mais a gente se une, mais a gente cresce!É isso, pessoal! Muito obrigada pelo espaço para contar um pouco mais sobre o trabalho da Lumnia!
Confira o single do álbum de estreia:
Os Ingressos para o festival podem ser adquiridos no site da Sympla.